domingo, 16 de novembro de 2025
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‘Ari Aster e a arte de começar filmes, segundo Eddington’

Equipe de Redação
Equipe de Redação EM 13 DE NOVEMBRO DE 2025, ÀS 10:21
‘Ari Aster e a arte de começar filmes, segundo Eddington’
‘Ari Aster e a arte de começar filmes, segundo Eddington’

Estreia de “Eddington” Destaca Desafios de um Temas Contemporâneos

O novo filme de Ari Aster, “Eddington”, tem gerado discussões entre críticos e espectadores. Alguns o consideram mais acessível em comparação aos trabalhos anteriores do diretor, mas essa percepção não é unânime. Aster é conhecido por seus filmes enigmáticos e por vezes controversos, e a crítica não deixa de fazer comparações com outras obras de diretores renomados como Paul Thomas Anderson.

A trama se desenrola em um contexto complicado, refletindo um período histórico marcado pela pandemia e pelas divergências sobre medidas de saúde pública. O protagonista da história, Joe Cross, interpretado por Joaquin Phoenix, é um xerife que se opõe às orientações de saúde, recusando-se a usar máscara e ignorando recomendações de distanciamento social. Essa escolha o coloca em confronto direto com o prefeito Ted Garcia, interpretado por Pedro Pascal, que representa um oposto: alguém que confia nas diretrizes científicas.

A rivalidade entre Joe e Ted é acentuada por questões pessoais, uma vez que Louise, esposa de Joe, já teve um relacionamento com Ted no passado. Essa conexão traz à tona antigas mentiras e ressentimentos, complicando ainda mais a dinâmica entre os personagens.

Emma Stone, que desempenha o papel de Louise, apresenta uma atuação que, segundo críticos, carece de destaque, resultando em uma personagem menos vibrante. A abordagem do diretor em retratar os coadjuvantes ao redor do vilão é questionada, pois o brilho dos personagens negativos muitas vezes depende da força dos que os cercam.

Os especialistas em cinema destacam que o desempenho de Joaquin Phoenix, embora sólido, não brilha tanto quanto em colaborações anteriores com diretores como James Gray e M. Night Shyamalan. A dinâmica entre o diretor e seu elenco é fundamental para o resultado final.

À medida que o filme avança, a tensão instalada no início começa a se dissipar. Os críticos apontam que, embora “Eddington” ofereça um ambiente que sugere a iminência de violência, a execução da narrativa se perde, especialmente nas cenas finais, que são consideradas fracas em comparação com a expectativa criada anteriormente.

Com “Eddington”, Ari Aster parece continuar sua busca por narrativas desafiadoras, mas também enfrenta críticas sobre sua capacidade de manter o ritmo e o interesse do público ao longo da história.

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